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quinta-feira, novembro 26, 2020

A vizinha


Faz 1 mês que nossa vizinha, Tereza, faleceu.

Ela morava no apto ao lado do meu.

São 2 apartamentos por andar.

E mesmo que nosso contato fosse esporádico, ouvia o barulho de sua porta quando ela chegava ou quando ela saía.

Ela devia ouvir os meus barulhos.

Tereza era muito ativa, muito cheia de energia.

Tinha 87 anos e estava viúva de um bom marido há uns 7 anos.

Não vi Tereza adoecer. 

De repente uma dor na Coluna lombar deixou-a imóvel e daí vieram os problemas, imagino.

Mas o que me tem deixado aflita, foi ver a "mudança" saindo da casa dela.

Saiu tudo. Móveis, sonhos, alegrias, saudades.

Tudo que tinha no apartamento, precisava ir embora.

A filha, a única filha, que mora em Curitiba precisou desmontar todo e tudo que tinha no apartamento.

Imaginar que tudo que Tereza juntou, arrumou, cuidou, ao longo da vida, acabou-se, tem sido doloroso.

As nossas serviçais ganharam quadros de pinturas que enfeitaram e embelezaram a sala de Tereza.

É a vida? Sim, é a vida.

Mas não deixa de ser dolorosa, muito dolorosa, neste momento, para mim.

Liliane


7 comentários:

chica disse...

É mesmo uma estranha sensação ver tudo sendo retirado,ainda mais sabendo que há tão pouco tempo,ela estava ali,em meio a tudo! Impressiona! Bjs chica

Isa Sá disse...

A vida é muito dura!

Montana disse...

Infelizmente é uma triste realidade.
Bom fim de semana.
Bjs.

Nal Pontes disse...

Verdade Liliane a morte nos faz refletir. É triste. Minha vizinha de fundo do meu apto mudou-se. E qdo olho da minha cozinha e vejo tudo apagado. Um lugar sem vida. Sinto falta dela. Imagino na morte. É a vida tudo muda nada é pra sempre

alfacinha disse...

É a verdade
uma vida acabou, mas as lembranças ficam
abraço

Luli Ap. disse...

A ausência devido à morte é de uma tristeza inominável querida Lilianeee 😢😢
Uma vida contada em histórias, momentos, objetos que de repente se vão junto com a protagonista dessa história. Uma falta que chega doer fisicamente falando. E só nos resta lembranças e memórias.

Bjs querida

https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

Ana Freire disse...

Infelizmente é a triste realidade!
Os filhos têm as suas próprias casas... e actualmente não tendem a desenvolver um espírito muito saudosista, nem serão muito ligados a memórias ou objectos antigos... a menos que sejam de grande valor!
Sei como é quando os meus avós faleceram, que também tivemos de liberar a casa deles... ainda consegui ficar com muita coisa deles, felizmente... mas é um sentimento triste, tirar tudo dos seus lugares... quando as pessoas se vão!... E quando usamos os objectos... estamos sempre lembrando de os ver... em outros contextos, que nos dão uma imensa saudade!
Beijinhos! Estimando que todos já estejam bem, por aí!...
Ana