Vi, ontem, hoje, nem sei ao certo, uma foto do Fidel Castro junto com aquele outro feio ditador da Venezuela. Não tenho nada contra ditaduras. Cada um sabe, ou deve saber, o chão que pisa. Eu devo ter sido ditadora em muitos momentos da minha vida. Na criação de meus filhos, certamente. Mas a perda acentuada, bem acentuada, de peso de Fidel é evidente. Ele diz que foram 18 kg. Sei não. Parece mais. Parece para mim, claramente, que ele tem uma doença malígna no intestino. Já comentei isso. E vai sofrer com crises de diarreia e sangramentos intestinais. Agora ele vai sentir na pele, o erro que foi não se juntar aos bons, aos que sabiam mais que ele. A "ilha", maravilhosa, para alguns artistas e falsos intelectuais, deve ser um poço de ignorância médica. Eu, livre, leve e louca, não consigo dar conta de tudo de moderno e inovador que surge a cada dia na minha especialidade, imagine quem se fechou para o mundo.
Minha mãe dizia todos os dias que a gente precisava se juntar a quem sabia mais e melhor que a gente. Eu disse também para meus filhos.
Recebi um anexo com texto de Pedro Bial(pedro miau) falando sobre morte e que é uma maravilha de texto.
Houve um tempo na minha vida que pensava ser "imorrível e "indoencívil". Acho que esse tempo faz parte da juventude, até da pós adolescencia. Quando estudante de medicina me sentia assim. Depois a ficha vai caindo. E é um terror.
Falavam da "síndrome do estudante de medicina". Cada coisa que a gente via ou ouvia, transferia para nós. Não lembro de ter tido isso. Lembro de ter sido sofrimentos profundos com as doenças de alguns pacientes, principalmente na minha época da médica-residente.
Faz tempo que sei que sou "morrível e "doencívil".
Minha amiga Anilda, médica pneumologista lá de Cuiabá, lembrou que meu amor por banana é antigo. Quando morei por lá queria comprar uma bananeira artificial para colocar na minha varanda. Mas não pensei em colocar no caixão, uma bananeira. Ainda não.
Liliane