
Trabalho com uma colega que tem uma risada tão feia que deve ser como risada de hiena. Nem sei se hiena ri. Escuto falar que ela, a hiena, ri nas desgraças. Sei não.
A colega ri por nada. Ri das besteiras que ela mesma diz.
Ri sozinha e feio, muito feio.
Procuro ser tolerante quando escuto aquele riso horroroso mas nem sempre dá. O jeito é ficar distante dela ou lendo e escrevendo.
Vi um documentário no Discovery que mostra o choro da hiena quando chega trazendo a comida dos filhos recem nascidos e encontra uma cobra gigantesca na entrada do buraco onde ela tinha deixado os filhos. O choro e o desespero dela, doi na alma. Doeu na minha. Passei a ter simpatia por ela.
O choro da hiena eu entendo. A risada da minha colega, não.
Não assisto filmes nacionais. Não gosto e nem tenho vontade de assistir, filmes nacionais.
Mas, ontem assisti "Os 2 filhos de Francisco". E gostei. Gostei muito de conhecer a vida do seu Francisco que fez tudo para que os filhos tivessem uma vida melhor que a dele. Da vontade de chorar.
Gosto muito de histórias de vida.
Sou leitora compulsiva de biografias, memórias, cartas.
Estou doentinha desde ontem. Voltei do plantão me sentindo bem. Tanto que fui bater-perna em cima dos saltos, no Shopping.
Doi tudo. Parece que levei uma surra. Fico perdida sem saber o que fazer. Sempre penso que é o início do fim.
Liliane