Nem sou de ter pena de nada. Digo que quem tem pena é passarinho e eu não sou passarinho. Nem passarinha. Era um senhor obeso, hipertenso, pletórico e disse trabalhar nessa empresa(empresa tal) de ônibus, como motorista, há uns 4 anos e já tinha sido assaltado, umas 15 vezes.
Sem contar as vezes que os ladrões entravam para roubar passageiros, mas não roubava motoristas e cobradores.
Perguntei se ele já reconhecia os marginais quando entravam no ônibus. Disse que não.
São vários.
Disse ainda que por ocasião dos assaltos, torce para não ser machucado.
Deu uma vontade de defende-lo com meu cacete, meu spray de pimenta que nem sei se já perdeu a validade e com a misturinha poderosa que preparei para essas ocasiões.
Queria ser voltar a ser a Pantera Negra da minha infância que era implacável com os marginais.
Ou Mulher Maravilha.
Qualquer coisa dessa para avançar, esmagar e destruir essas almas sebosas.
Liliane