Fred Astaire e a arte de deixar de ser mãe.

Hoje, 10 de maio seria comemorado o aniversário de Fred Astaire se ele não tivesse falecido em 1987.
Puxa vida! Como faz tempo.

Tenho na minha DVDteca alguns dos seus musicais. Ginger Rogers, sua parceira de dança, também já faleceu em 1995.

Fui "tamancar" no Shopping como faço todo sábado.

Me espanta o corre-corre das pessoas para compra de presentes para o dias das mães.

Não entendo isso.

Ora, se dia das mães é todo 2º domingo de maio, e todo ano vai ter o 2º domingo de maio, por que não comprar, com antecedência, o presente?

Depois vem com aquela desculpa esfarrapada que não teve tempo ou não encontrou o presente.

Não, comigo não.

Quero e mereço um presente.

Fui mãe nota 10. Agora posso nem ser mais.

Mas fui. Estão todos crescidos e bem criados. E sei que sou referência para eles.

Não precisam de mim.

Já caminham sozinhos.

Não precisam de meu colo, de meus carinhos, de minhas opiniões.

Eu entreguei "os pontos", meia revoltada. Meia não. Totalmente.

Se pudesse, nunca teriam crescidos. Adorava andar segurando as mãos e a vida deles.

Não adianta dizer que eu também criei asas e saí de debaixo das asas de minha mãe.

Quero lá saber disso.

Minha mãe tinha um monte de filhos. Eu tive poucos.

Quando criei asas, nem devo ter feito muita falta, acho.

Ainda tinha um monte de filhos sob as asas de mamãe.

Portanto, filhos queridos, amanhã é dia de dar presente a mamãe.

Não esqueçam.

Liliane