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quarta-feira, dezembro 26, 2007

A candidata





Faz tempo que procuro uma empregada doméstica.

Empregada de verdade.

Para usar o novo e lindo avental . Como esse da foto que fiz e dei de presente.

Porcaria de empregada, nem de graça eu quero.

Empregada sem qualificação, aqui em casa não entra.

Aí hoje recebo telefonema da empregada do meu amigo dizendo que tinha uma candidata.

Ela: A empregada que arranjei está aqui.

Eu: Oba! Como é o nome dela?

Ela: Como é seu nome? (falando para a candidata) O nome dela é Socorro.

Eu: Ela é sua conhecida e vc não sabe o nome?

Ela: É que eu só sou sei o apelido dela, Dozinha.

Eu com meus botões: Socorro ou Mª das Dores, aqui não entra. Socorro com apelido de Dozinha não deve prestar.
Bom, mas troco o nome dela para, quem sabe, Creide ou Craúdia.

Eu: Põe ela no telefone.

Dozinha: Alô?

Eu: Quantos anos vc tem? Sabe cozinhar?

Dozinha: Tenho 18. Cozinhar o que?

Eu: Cozinhar o que? Cozinhar.

Eu: (sem paciencia e com vontade de dar um soco pelo telefone) Olha já vi que vc não tem a qualificação que eu preciso e eu não quero e nem vou ensinar. Chama a Solange.
Eu: Como é que vc indica uma pessoa de 18 anos que não sabe fazer nada e que vc nem conhece?
Solange: Pelos 18 anos não, que eu comecei a trabalhar com 14 anos.
Eu: Eu comecei com 13 anos e sei cozinhar. Deixa para lá! Não estou interessada.
Desliguei o telefone.

Tem jeito não. O povo aqui é preguiçoso, indolente e acomodado.

Vá bater n´outra freguesia, Dozinha.
E eu vou continuar minha procurar.
Liliane

3 comentários:

Kristal disse...

A minha última empregada se chamava Divina, era uma doméstica até limpinha, razoável. Mas ficou se enrabichando com o garagista Manuel e uma noite foram flagrados no maior lesco-lesco dentro da Mercedes Benz de Dona Leonor, a síndica.
Foram postos na rua, por justa causa.
Agora o meu prédio está sem garagista.
E eu, sem a doméstica.

Laurinha disse...

Eu nao confio em empregada domestica. Pode vir a cambada toda de protetores das Empregadas domesticas e direitos humanos, e politicamente corretos, me jogar pedras. Na minha casa nunca veio uma que prestasse. Se era pra cuidar de menino pequeno, maltratavam a gente (uma quase que me matava quando eu so tinha 8 meses de idade), quando era pra trabalhar na casa, faziam um servico mal feito e com ma vontade. Isso quando nao roubavam o que a gente tinha. To fora!
A minha tia tem uma que eh praticamente da familia, criou os filhos dela, agora toma conta dos netos. Essa eh uma raridade mesmo. Eh como tirar na loteria.

Anônimo disse...

É, Cazuza estava certo mesmo: a burguesia fede.