O enterro do diabo - Gabriel García Márquez

 

Faz 2 meses que fiz a cirurgia do joelho esquerdo.

Estou quase voltando a correr (acho que não volto) e quase voltando a andar de saltos bem altos (acho que não volto).

Saltos bem altos como esse da imagem é o que sempre usei e que só parei de usar quando a Artrose dos joelhos não mais deixou.

 

Mas quero dizer que neste período pós-operatório, li pouquíssimo.

E é indesculpável, eu sei.

Estou lendo agora, só agora, esse livro de Gabriel Garcia Márquez que comprei num Sebo.

O início é muito lindo e faz parte de minhas anotações de "lindos inícios de livros".

"Pela primeira vez vi um cadáver. É quarta-feira, mas sinto como se fosse domingo porque não fui a escola e me fizeram vestir esta roupa de veludo verde que me aperta em algum lugar. Levado pela mão de mamãe e seguindo meu avô, que tateia a cada passo com a bengala para não tropeçar nas coisas (ele não enxerga bem na penumbra, e além disso capenga), passei diante do espelho da sala e me vi de corpo inteiro, vestido de verde e com este laço branco e engomado que me aperta de um lado do pescoço".

"Pela mão de mamãe". Eu lembrei de quando segurava a mão de meus filhos. Saudades que até doe.

Esse é o 1º romance de Gabriel García Márquez e onde aparece Macondo - a cidade célebre de Cem anos de solidão, que detestei.

Ele tinha 22 anos quando escreveu esse livro.

Neste livro tem um velho coronel, sua filha Isabel e esse neto que segura na mão de mamãe

Liliane

#fechadocombolsonaro.