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sábado, setembro 16, 2006

Fidel e bananeira.

Vi, ontem, hoje, nem sei ao certo, uma foto do Fidel Castro junto com aquele outro feio ditador da Venezuela. Não tenho nada contra ditaduras. Cada um sabe, ou deve saber, o chão que pisa. Eu devo ter sido ditadora em muitos momentos da minha vida. Na criação de meus filhos, certamente. Mas a perda acentuada, bem acentuada, de peso de Fidel é evidente. Ele diz que foram 18 kg. Sei não. Parece mais. Parece para mim, claramente, que ele tem uma doença malígna no intestino. Já comentei isso. E vai sofrer com crises de diarreia e sangramentos intestinais. Agora ele vai sentir na pele, o erro que foi não se juntar aos bons, aos que sabiam mais que ele. A "ilha", maravilhosa, para alguns artistas e falsos intelectuais, deve ser um poço de ignorância médica. Eu, livre, leve e louca, não consigo dar conta de tudo de moderno e inovador que surge a cada dia na minha especialidade, imagine quem se fechou para o mundo.
Minha mãe dizia todos os dias que a gente precisava se juntar a quem sabia mais e melhor que a gente. Eu disse também para meus filhos.

Recebi um anexo com texto de Pedro Bial(pedro miau) falando sobre morte e que é uma maravilha de texto.
Houve um tempo na minha vida que pensava ser "imorrível e "indoencívil". Acho que esse tempo faz parte da juventude, até da pós adolescencia. Quando estudante de medicina me sentia assim. Depois a ficha vai caindo. E é um terror.
Falavam da "síndrome do estudante de medicina". Cada coisa que a gente via ou ouvia, transferia para nós. Não lembro de ter tido isso. Lembro de ter sido sofrimentos profundos com as doenças de alguns pacientes, principalmente na minha época da médica-residente.
Faz tempo que sei que sou "morrível e "doencívil".

Minha amiga Anilda, médica pneumologista lá de Cuiabá, lembrou que meu amor por banana é antigo. Quando morei por lá queria comprar uma bananeira artificial para colocar na minha varanda. Mas não pensei em colocar no caixão, uma bananeira. Ainda não.
Liliane

16 comentários:

Luci disse...

Liliane! minha avó costumava dizer que aqui se faz, aqui se paga.
A conta do Fidel não deve ser pouca coisa, não!
bjs!!
bom final de semana! pra todos! gatos de 2 e 4patas!!!

Anônimo disse...

Querida amiga,
Tb recebi o texto de Pedro Bial e vou publicar no Multiply, pois é muito bom mesmo...
Fidel que se cuide, pois a conta dele vai ser cobrada, gradualmente. Ele paga-la-a em prestações não tão suaves.
Pretendemos ir na primeira semana de outubro, por mim?? iria hoje..
beijinhos para minha Julie e as tuas filhinhas.

Anônimo disse...

O fidel é bem arrogante e teimosão, fico pensando o que será de cuba depois dele, na transição, eles não estão preparados. ninguém é imorrível não é mesmo? por isso penso empre em estar em paz, nunca se sabe o que nos espera. um ótimo final de semana pra ti.

Dani disse...

Será que Cuba sobreviverá sem Fidel, no caso dele não sair dessa? Sei não.

Esses questionamentos sobre a morte também passei a fazer de uns tempos pra cá, quando me dei conta da efemeridade de nossas vidas. É aterrorizante, mas é a realidade.

Uma solução "pós-morte" para seu eterno amor por bananas é plantar uma bananeira (pé de banana, que fique bem claro) ao lado do túmulo.
Papo mais lúgubre!!! Credo, bate na madeira.

Beijocas!

Jôka P. disse...

A gente tem mesmo que se juntar com quem é melhor e mais inteligente, sua mãe é sábia.

Não gosto da dita dura.
Nem mole.
:C
(infame...)

Anônimo disse...

Olá, Liliane!

O engraçado é admiração por parte dos chorosos com a nossa ditadura ao governo do Fidel...todos que se dizem massacrados pelo governo militar do Brasil, vai lá e aperta a mão do Fidel.

Um beijo e boa semana

Kafé Roceiro disse...

Li o texto do Miau e é fantástico! hehe...E cada um com o ditador que merece, né? A ilha faz com que as pessoas se tornem conformadas com o ruim que tem...

Anônimo disse...

Também sou um fã da banana...
Há braços!!

Ricardo Rayol disse...

É essa falsa sensação de invencibiklidade que vitima tantos jovens.

Anônimo disse...

Olá, Liliane!

Te respondi lá no meu...para tirar a má impressão causada com o que falei...éramos adolescentes muito felizes por sinal, e tudo era permitido.

beijos

Anônimo disse...

eu gosto muito dos textos do Bial, apesar dos criticos acabarem com ele...quanto aos medicos de Cuba nao posso julgar, mas posso falar dos medicos noruegueses...e eles sao limitados ate a alma

Kafé Roceiro disse...

Você não tem nada contra ditaduras? Tá brincando, né?

Bianca Elisa disse...

Liliane! A caixa é uma só, mas os bilhetinhos, envelopinhos são tantos! Ajudam, talvez, a preencher os espaços da minha ausência física, neste dia tão especial que é o aniversário do Júnior. Nossa troca de palavras em árabe? Ahhh...faz sentido pra nós, tenha certeza. Obrigada pela visita no meu blog e o carinho e admiração que tens pelo Júnior. Beijos da Criadora!

Jonas Prochownik disse...

Liliane,
não vamos mais pensar em caixão.
Em banana até pode.
E deve.

Ane Brasil disse...

Olha, a medicina cubana pode não ter tantos recursos quanto medicina do mundo CAPETALISTA (sist econômico do capeta hehehe), mas garanto que o sistema de saúde deles é mais justo que o nosso.
A fila é igual pra todo mundo!
Claro que o embargo econômico que os EUA impuseram a Cuba ajudaram bastante na situação da ilha... ah, mas os EUA 'são os mocinhos... eles não matam, não invade, não saqueiam... sorry. :)
Sorte e saúde pra todos - inclusive pro Fidel!

Anônimo disse...

Liliane, concordo com a Ane Brasil. Algumas pesquisas desenvolvidas na ilha (sobre vitiligo, p.ex.) foram inovadoras, apesar de todas dificuldades e embargos. Há delegações suecas de estudantes de medicina que vão a Cuba estudar medicina comunitária. Infelizmente, nós na enfermagem ainda não vamos a campo dessa forma. Abraço pra ti. / Luciane